Brasil e Estados Unidos assinaram no dia 8 de março, no estado da Flórida, um acordo na área militar para desenvolvimento de projetos futuros. O Acordo de Pesquisa, Desenvolvimento, Teste e Avaliação (RDT&E, sigla em inglês) vai, de acordo com o Ministério da Defesa (MD), abrir caminho para aperfeiçoar ou prover novas capacidades militares. Segundo o ministério, o acordo vai balizar os acordos posteriores entre os dois países.
“O RDT&E é um passo inicial para que Brasil e EUA desenvolvam projetos conjuntos na área de Defesa. Cada acordo de projeto que venha a ser desenvolvido pelas partes deverá ser executado em consonância com os termos do RDT&E, assim como os respectivos leis e regulamentos nacionais de cada parte”, afirmou o MD, em nota.
O governo brasileiro espera facilitar seu acesso ao mercado norte-americano na área de defesa. Além disso, espera também facilitar a entrada de produtos brasileiros em outros 28 países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). O Brasil não faz parte da aliança militar intragovernamental da Otan, no entanto, em agosto de 2019, os EUA designaram o país como aliado militar preferencial fora dessa aliança.
Histórico
“É uma afirmação dos fortes laços entre as nossas Forças Armadas. Assinamos um acordo histórico, que abre caminho para um compartilhamento e desenvolvimento ainda maior. Hoje discutimos sobre oportunidades e ameaças que minam a democracia e a estabilidade nos Estados Unidos e no Brasil”, disse o Almirante de Esquadra da Marinha americana, Craig Feller.
Já o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, exaltou a parceria com o país norte-americano. “Temos os Estados Unidos como um parceiro importante. Estivemos juntos pela democracia e liberdade na Segunda Guerra e hoje estamos discutindo aspectos do ambiente regional. Hoje mais um acordo inédito que assinamos com os Estados Unidos, e que poucos países têm, para o desenvolvimento na área de defesa, pequisa, tecnologia, testes, avaliação e desenvolvimento nos aspectos que concernem a defesa”.
A assinatura do acordo ocorreu durante a visita do presidente ao Comando Militar do Sul. No local são coordenadas as operações militares dos Estados Unidos no Caribe, Centro e América do Sul.