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Começa o novo julgamento do ex-cabo e do GCM acusados da “Chacina de Osasco”

Começou no último dia 22 – e deve durar seis dias – o novo julgamento do ex-cabo da Polícia Militar, Victor Cristilder Silva dos Santos, de 37 anos, e do guarda-civil municipal Sérgio Manhanhã, de 48. Eles são acusados pela maior chacina da história do estado de São Paulo, em Osasco, em 2015.

Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça (TJ), o novo julgamento do ex-PM e do agente da Guarda Civil Municipal (GCM) de Barueri teve início por volta das 11h no Fórum Criminal de Osasco. Os júris anteriores que condenaram os réus pela mesma chacina foram anulados pelo Tribunal de Justiça, que marcou um novo e único júri para ambos.
Cristilder e Manhanhã estão presos preventivamente acusados de matar a tiros 17 pessoas e ter baleado e ferido outras sete na noite de 13 de agosto de 2015 em Barueri e Osasco.
De acordo com o Ministério Público (MP), o ex-PM e o GCM integravam um grupo de extermínio. A tese da acusação é a de que os atiradores executaram as vítimas em retaliação os assassinatos de um policial militar e de um guarda-civil, respectivamente nos dias 8 e 12 de agosto de 2015.
Devido à pandemia de coronavírus, o novo júri, formado por sete pessoas, não serão assistidos por plateia ou da imprensa. Ao todo, 40 testemunhas, entre acusação e defesa, deverão ser ouvidas, segundo o TJ. O MP apresentou um número diferente do total de testemunhas: 20.

Também participarão do julgamento o Ministério Público e os advogados dos réus. Após a votação dos jurados, a juíza Elia Kinosita dará a sentença e, no caso de condenação, a pena.

Anulação

Na primeira vez que Cristilder e Manhanhã passaram pelo juri popular, entre 2017 e 2018, ambos foram condenados pela chacina a penas que, somadas, chegam a mais de 200 anos.

No entanto, a defesa recorreu e o Tribunal de Justiça anulou as condenações em 2019, pois os jurados votaram contra as provas do processo, que já tem mais de 30 mil páginas. Por esse motivo, o TJ determinou que os acusados fossem julgados novamente num único júri.

Outros dois policiais militares acusados da chacina continuam presos após terem sido condenados em 2017 pelos homicídios.

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