A greve dos policiais militares continua no Ceará. Na tarde de ontem, 19 de fevereiro, o senador licenciado, Cid Gomes (PDT), foi alvejado por dois tiros quando tentava entrar com uma retroescavadeira em um quartel da polícia para furar o movimento grevista.
Os tiros atingiram a clavícula e o pulmão esquerdo do senador, mas ele já recebeu alta da UTI e recebe tratamento no quarto, em Fortaleza.
O movimento de greve continua, embora não atinja toda a corporação. Os pneus das viaturas estão sendo esvaziados para que as mesmas não possam realizar o patrulhamento.
Tropas da Força Nacional, solicitadas pelo governador Camilo Santana (PT) já chegaram ao Estado para reforçar o policiamento.
Aumento
Os policiais cearenses reivindicam que o governo do Ceará refaça a proposta de reestruturação salarial enviada na terça-feira, 18, para a Assembleia. O projeto prevê aumento de salário para os soldados da PM e para bombeiros de R$ 3.475 para R$ 4.500, com reajuste parcelado em três vezes até 2022. No entanto, os policiais querem que o pagamento seja feito em apenas uma parcela e que seja apresentado um plano de carreira para a categoria.
Governo já sinalizou que não vai modificar a proposta e vai punir com corte no salário e processo os líderes do movimento grevista.
No Estado da Paraíba também foi registrado um movimento grevista que durou 12 horas e terminou na noite de ontem, 19. Os policiais paraibanos também murcharam pneus de viaturas para impossibilitar o patrulhamento. O protesto também é por aumento de salário.