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Governo de São Paulo anuncia programa de instrução para reduzir casos de violência policial

Foi anunciada nesta segunda-feira (22) a criação do Programa Retreinar, destinado à redução de casos de violência policial durante ocorrências. A instrução fará parte do treinamentos da Polícia Militar. O programa prevê orientações aos integrantes da Polícia Militar em todos os níveis.

“O Programa Retreinar vai atender coronéis, tenentes-coronéis, majores, capitães e tenentes, iniciando pelo comando da PM e depois na Academia do Barro Branco, para que possamos retreinar todo o comando das nossas tropas”, declarou Doria. “Maus policiais que insistem em usar violência desnecessária junto à população vão compreender que isto não é aceitável na PM de São Paulo”, acrescentou.

A iniciativa atende a um pedido pessoal do Governador ao Secretário da Segurança Pública do Estado, General João Camilo Pires de Campos. O militar foi diagnosticado com COVID-19 e está trabalhando remotamente enquanto cumpre o tempo de isolamento.

 

20 mil ocorrências

 

“Os próprios policiais condenam os excessos. São 20 mil ocorrências por dia, e a maioria delas acontece bem. Os policiais se arriscam diariamente, mas não aceitamos ou compactuamos com excessos. Nós vamos retreinar todos os policiais em São Paulo, a começar pelo comando”, afirmou o Coronel Álvaro Camilo, que é Secretário Executivo da Secretaria da Segurança Pública.

A meta do Governo do Estado é fazer com que o treinamento chegue a sargentos, cabos e soldados da PM em um prazo de 20 dias. “Para que todos relembrem o que aprenderam nas escolas, a defender o cidadão e proteger pessoas. Essa é a linha da polícia de São Paulo, proteger, salvar e fazer o bem”, acrescentou o Secretário Executivo.

Ao menos 220 policiais envolvidos em falhas graves ou crimes já foram demitidos ou expulsos das forças de segurança de São Paulo desde o início de 2019.

“Esse tipo de comportamento é investigado de forma rápida, objetiva e justa. Policiais são punidos e afastados em definitivo da corporação”, afirmou Doria. “Não compactuamos com o erro e cortamos na carne se necessário. Não falamos com orgulho, mas em sinal de transparência e de rigor nas apurações”, acrescentou o Coronel Camilo.

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