O atirador esportivo Alexandre Galgani, primeiro atleta do Brasil no esporte paraolímpico individual a garantir vaga para Tóquio, está treinando em cada devido à pandemia de coronavírus.
Ele se classificou em fevereiro de 2019 e, desde então vêm se preparando para brigar pelo pódio. Classificado para três provas nas Paraolimpíadas, o atleta treina agora em um estande de tiro montado no quintal de sua casa em Sumaré (SP).
Devido à sua dificuldades de locomoção – Galgani perdeu parte dos movimentos dos membros aos 18 anos após bater a cabeça no fundo de uma piscina e lesionar sua coluna -, o local foi totalmente adaptado a ele. Antes, ele tinha que se deslocar até o estande mais próximo, 40 quilômetros de distância.
Doação
Com o adiamento das Paraolimpíadas para 2021, Galgani explica que foi preciso ampliar o período de treino em casa e também a quantidade de munições. O atleta conta com o apoio da Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) que doou este ano 30 mil munições .22 LR. Também lhe foi oferecido condições especiais para aquisição de 30 mil munições Eley .22LR, mundialmente utilizadas por atiradores desportivos em treinamentos e competições de alto rendimento. O produto garante precisão e proporciona aos atiradores brasileiros as mesmas condições de desempenho.
Seus treinos incluem um alvo eletrônico, acionado por tiros com chumbinho, e por Scatt, um sistema que permite a prática conhecida como “tiro a seco”, realizada sem munição, para treinar e melhorar a técnica do esporte, que vai além da mira. Um dispositivo é acoplado no cano da arma e o tiro, sem munição, é dado em direção a um alvo em uma parede. No computador, o Scatt aponta a pontuação e dados como, por exemplo, o tempo de acionamento, a posição da ama, etc.