Os instrutores de armamento e tiro credenciados e os clubes de tiro estão na mira da Polícia Federal. Foi deflagrada no último dia 21 de janeiro a operação Inspeção Inicial, para promover fiscalização nesses estabelecimentos, em São Paulo.
De acordo com a PF, a operação visa a garantir que o serviço prestado por estes profissionais esteja em plena conformidade com as normas vigentes. A operação quer ainda identificar eventuais desvios e/ou fraudes na emissão de laudos de capacidade técnica para fins de aquisição de arma de fogo.
De acordo com a PF, 130 locais receberam as equipes de fiscalização. Foram mobilizados cerca de 110 policiais federais. A deflagração da operação ocorreu simultaneamente em 72 localidades. Foi a maior fiscalização de instrutores de armamento e tiro já realizada no estado de São Paulo.
Os instrutores credenciados são responsáveis pela emissão de laudos que atestam a capacidade técnica dos requerentes de registro e de porte de arma de fogo na modalidade defesa pessoal junto a esta Polícia Federal. São estes profissionais que atestam também a capacidade dos que pretendem obter o Certificado de Registro (CR) como atiradores esportivos junto ao Exército Brasileiro.
Quadrilha
A investigação sobre os clubes e instrutores começou em fevereiro de 2019, após análise de dados inseridos no SINARM e laudos apresentados nos pedidos de registro de arma de fogo. Diante disso, a PF encontrou fortes indícios de falsidades ideológicas na emissão de laudos e formação de quadrilha. Para obtenção dos laudos, o interessado em adquirir ou portar arma de fogo pagava valores fora dos usuais praticados no setor.
De acordo com a PF, é essencial que os interessados em adquirir arma de fogo tenham o adequado conhecimento para utilização e manuseio seguro do armamento. O profissional responsável por avaliar e atestar esse conhecimento é o instrutor credenciado pela Polícia Federal. Sendo assim, a atividade deve ser exercida dentro dos rigorosos parâmetros normativos vigentes.