Em matéria publicada pelo portal Uol, Marcelo Fonseca, líder de estratégia de proteção balística da DuPont, um dos principais fabricantes e fornecedores da fibra de aramida, utilizada na blindagem da carroceria, destacou que a maior licitação envolvendo veículos parcialmente blindados na atualidade é da Polícia Militar de São Paulo, que prevê a compra de mil viaturas.
De acordo com ele, cada blindagem desse contrato tem custo previsto de cerca de R$ 20 mil ou 1/3 do preço do serviço completo. Ainda segundo a reportagem do Uol, as demais licitações ativas no País são conduzidas pela Brigada Militar do Rio Grande do Sul e pela PRF (Polícia Rodoviária Federal).
A Polícia Militar de São Paulo informou ao Uol que assinou em março contrato para aquisição de 70 unidades do modelo Chevrolet Trailblazer parcialmente blindadas, pelo valor de R$ 153.013 cada. De acordo com o portal, a aquisição dos veículos, cuja entrega estava prevista para agosto, pode ser adiada por conta da pandemia do coronavírus.
A Secretaria da Segurança pública do Rio Grande do Sul confirmou ao Uol a licitação para registro de preços e compra de viaturas dotadas de blindagem parcial. Serão para a Brigada Militar e outros órgãos de segurança do Estado. No entanto, a aquisição ainda depende da homologação desses preços.
“As viaturas serão solicitadas de forma inédita no Estado. A Brigada Militar ainda não possui modelos com proteção balística”, informou ao Uol o governo gaúcho, sem, no entanto, mencionar valores, quantidade de carros e as partes das viaturas que terão proteção balística.
A PRF também não fornece esses dados por questão de “segurança”. Porém, confirma que está incorporando à frota Toyota Corolla (R$ 125,5 mil cada), Ford Ranger (R$ 174 mil) e Chevrolet Trailblazer (R$ 188 mil) com algum nível de blindagem.
Como será a blindagem
De acordo com o Uol Carros, as viaturas da PM paulista terão proteção balística do nível III-A, que resiste a disparos até de submetralhadoras de nove milímetros. A blindagem de aramida e aço inox será aplicada nos seguintes partes:
- capô
- para-brisa
- colunas “A”
- painel corta-fogo
- para-lamas dianteiros
- portas
- parte interna dos para-lamas dianteiros (altura da pedaleira)
- baterias principal e auxiliar
- “churrasqueira” (chapa metálica posicionada junto ao painel)
De acordo com a matéria, o acréscimo de peso é inferior a 130 kg – conforme exigiu o pregão. O para-brisa deve ter garantia de cinco anos contra delaminação.