A Polícia Militar de São Paulo negou autorização para que o policial Leandro Barcellos Prior pedisse o namorado em casamento fardado. A permissão foi pedida via documento protocolado na instituição. O pedido seria feito durante a Parada LGBT que será realizada nesse domingo, 23, na Av. Paulista.
Mesmo alegando que a autorização seria uma “excelente oportunidade para a instituição evidenciar para a sociedade que não compactua com a homofobia”, o pedido foi negado, porque, de acordo com a PM, as normas internas não preveem uso de fardas por policiais em folga durante atos públicos.
Em sua defesa, a PM informa que negou, anteriormente, pedido do grupo “PM’s de Cristo” para usarem fardamento durante a Marcha Para Jesus.
Histórico
O soldado Prior ganhou notoriedade em 2018. Ele foi fotografado ao dar um beijo, fardado, no metro, em seu namorado da época. Relatou o fato no documento enviado à PM, inclusive de ter sofrido homofobia devido ao episódio.
Hoje ele é coordenador nacional de segurança pública da Aliança Nacional LGBTI, rede voltada para promoção e defesa dos direitos humanos e cidadania, em especial a comunidade LGBTI. A entidade luta contra a opressão à liberdade individual e pelo direito à auto-denominação, à liberdade de expressão sexual, física e psicológica. Além disso, luta pela proteção dos direitos igualitários com a equiparação a todos os mecanismos legais, independente da orientação sexual e identidade de gênero.