Alvo de ação civil por improbidade administrativa proposta pelo MPSP em caso envolvendo tortura, o policial civil André Dionísio Sarantakos perdeu a função pública, teve os direitos políticos suspensos por cinco anos e foi proibido de contratar com o poder público por igual prazo. Ele deverá ainda pagar multa de dez vezes a última remuneração percebida enquanto servidor público.
Ao ajuizar a ação, o promotor Angelo Santos de Carvalhaes narrou que, em 2015, durante plantões realizados no prédio da 2ª Delegacia Seccional de Polícia de Campinas, Sarantakos praticou agressões físicas e tortura contra quatro pessoas, sendo três delas menores de 18 anos.
O MPSP sustenta que a conduta do policial vai de encontro às regras previstas no ordenamento jurídico, especialmente no Estatuto que regula as carreiras da Polícia Civil. “O requerido foi desleal com a Administração Pública, pois infringiu o dever funcional que lhe fora confiado, extrapolando suas funções e agindo de maneira incisiva sobre um preso e adolescentes apreendidos que eram de sua responsabilidade”, diz a inicial.