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Taurus participa de joint venture na Índia

A Taurus, maior fabricante de armas leves do país, assinou uma joint venture que permitirá fabricação e comercialização de armas na Índia. O acordo com o grupo indiano foi assinado durante a visita do presidente Jair Bolsonaro ao país para as comemorações do Dia da República daquele país.

A sociedade para a fabricação das armas será com a Jindal Group, maior fabricante de aço da Índia. A empresa vai entrar com 51% do capital da nova joint venture e a Taurus com 49%. A sociedade vai fabricar na Índia fuzis, pistolas e revólveres com tecnologia brasileira para atender a mercados civis, de segurança pública e militar.

De acordo o jornal Folha de S. Paulo, a joint venture pretende participar de licitações públicas de fuzis e outras. A expectativa é que o governo indiano compre, em 5 anos, meio milhão de fuzis.

‘’Um passo muito importante para o futuro da Taurus. Pela primeira vez, estamos em um programa de transferência de tecnologia na área de Defesa de governo de uma grande economia mundial, o segundo maior comprador de armas do mundo, a Índia. Taurus e Jindal montarão uma fábrica na Índia que será referência mundial‘’, disse o CEO Global da empresa, Salesio Nuhs.

De acordo com a Taurus, a celebração do acordo colocará a empresa em local de destaque no mercado mundial de armas. “A Taurus segue firme no processo de restruturação baseado em rentabilidade sustentável, qualidade e melhora dos indicadores financeiros e operacionais, além do forte desenvolvimento de novos produtos e tecnologias”, afirma, em comunicado, Sergio Castilho Sgrillo Filho, diretor administrativo, financeiro e de relações com os investidores da Taurus.

 

 

Concorrência

Ainda de acordo com a Folha, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) defendeu a entrada de fabricantes estrangeiros de armamentos no Brasil. Para Eduardo, o virtual monopólio da Taurus no mercado faz com que as armas tenham preços altos no Brasil, o que restringe o acesso da população.

“Eu não quero falir a Taurus, quero apenas que haja concorrência para aumentar a qualidade e baixar o preço”, disse Eduardo, que afirmou ter conversado com a suíça SigSauer e a italiana Beretta sobre investimentos no Brasil. “Isso vai permitir que a população tenha mais acesso a armas, hoje em dia esse mercado é elitista, por causa dos preços das armas”, disse o deputado.

Assim que ficou sabendo, Salésio Nuhs, presidente da Taurus, reagiu. De acordo com o jornal, ele disse que ‘ninguém vai ser “maluco” de investir no Brasil se for mantida a atual carga tributária sobre os armamentos, de quase 70%’.

Assim, as ações da Taurus disparam na Bolsa brasileira. Os papéis ordinários (com direito a voto) sobem 11,4%, a R$ 5,86, por volta das 12h. Os preferenciais têm alta de 8,6%, a R$ 6,55. Como as ações têm um valor baixo, as variações percentuais são mais bruscas.

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