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Ministério Público de São Paulo vai doar celulares apreendidos para alunos da Fatec

O Ministério Público Estadual (MPE) doou aparelhos celulares que foram apreendidos para que alunos da Fatec pudessem acompanhar as aulas à distância. Os aparelhos foram apreendidos pela Polícia.

A história dessa iniciativa solidária começou no início da quarentena. Na ocasião, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Fatec fez uma pesquisa com cerca de 2 mil alunos, identificando que a maioria dos fatecanos era a favor do ensino remoto. No entanto, o levantamento apontou também que cerca de 20% dos estudantes não dispunham de internet ou de dispositivos para acompanhar as aulas.

O presidente da agremiação, Leonardo Argollo, estudante do quarto semestre do curso superior tecnológio de Gestão Empresarial na Fatec Zona Leste, na Capital, conta que como as Fatecs já haviam produzido máscaras, álcool em gel e peças de respiradores, e o DCE atuou como intermediário e articulador de uma doação do MPE para a compra de insumos, o caminho para uma conversa já estava aberto.

 

Ao invés de destruição ou leilão, doação

 

“Então fomos atrás dos procuradores, para ver se era possível a doação de celulares apreendidos pela polícia aos alunos. Pelo procedimento regular, esses aparelhos são destruídos ou vendidos em leilão”, explica Leonardo. A causa foi aceita de imediato. Assim, o DCE enviou ofícios com pedido de doação a cerca de 300 escritórios regionais do MPE. “Acreditamos que vamos ter um bom retorno. As doações vão acontecer de acordo com a necessidade. Primeiro, vão receber os estudantes que não têm qualquer outra opção de acesso e não estão acompanhando as aulas. Depois, os que compartilham equipamentos com familiares”, diz o presidente do DCE.

Para reforçar ainda mais a arrecadação, uma campanha voltada a todos os estudantes está sendo lançada pelo DCE em parceria com as associações atléticas das Fatecs. A proposta é sensibilizar alunos que tenham mais de um celular, ou que tenham aparelhos antigos guardados, a doar a quem não tem.

O Centro Paula Souza (CPS) também fez pesquisas internas para identificar as principais dificuldades enfrentadas pelos alunos e está buscando soluções para garantir que todos tenham acesso às aulas online. A pandemia e seus efeitos fizeram a instituição mobilizar todos os esforços para continuar oferecendo ensino profissional de qualidade. Mesmo diante de uma crise tão séria que obriga o distanciamento social, o CPS quer assegurar que todos possam continuar seus cursos da melhor maneira possível.

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Soraia Sene

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