Destaques

Ministério Público do RJ denuncia responsáveis pela morte de policial baleado e jogado no Rio Guandu

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou, nesta quinta-feira (19/05), por homicídio qualificado e fraude processual, os quatro envolvidos na morte do policial civil Renato Couto de Mendonça, ocorrida no último dia 13 de maio. De acordo com a denúncia, da 2ª Promotoria de Justiça junto ao III Tribunal do Júri da Capital, o militar Bruno Santos de Lima atirou no policial, na Praça da Bandeira, e contou com a ajuda dos também militares Daris Fidélis Motta e Manoel Vítor da Silva Soares, além do seu próprio pai, Lourival Ferreira de Lima. Em seguida , Bruno, Manoel e Daris colocaram a vítima na van da Marinha e jogaram-na do alto de uma ponte sobre o Rio Guandu.

O documento relata que o crime foi cometido por motivo torpe, uma vez que a vítima ameaçou fechar um ferro velho explorado por Bruno e Lourival, no citado bairro da zona Norte do Rio, caso não fosse ressarcida por bens que teriam sido furtados de sua casa, e que teriam sido receptados pelo estabelecimento. Além disso, o homicídio foi praticado por asfixia (afogamento), já que Renato foi jogado ainda vivo no Rio Guandu por Bruno e Daris, com a ajuda de Manoel.

A denúncia também cita que o crime foi cometido mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima, já que, no dia do assassinato, Lourival atraiu o policial para o estabelecimento, com a promessa de lhe ressarcir, e Renato foi surpreendido pelos três militares, que o atacaram e, no caso de Daris e Manoel, o seguraram para que Bruno pudesse efetuar os disparos. Daris também ajudou a colocar a vítima no interior da van que os levou ao local, com o intuito de levá-la até a ponte, enquanto Manoel dirigiu o veículo.

Com relação à fraude processual, o denunciado Lourival recolheu, do local onde aconteceram os disparos, os estojos ejetados da arma de fogo utilizada por Bruno, com o intuito de induzir a erro a perícia criminal, mesma prática utilizada pelos outros três denunciados que, após a vítima ser arremessada no Rio Guandu, lavaram os vestígios de sangue existentes no veículo utilizado para consumar o crime.

Compartilhar:
Soraia Sene

Posts recentes

Tribunal de Justiça de São Paulo declara inconstitucional denominação “Polícia Municipal”

Em sessão realizada na última quarta (17), o Órgão Especial do Tribunal de Justiça de…

2 anos ago

Polícia Penal fiscalizará presos durante as saidinhas

Aprovada a criação da Polícia Penal de São Paulo, agora o Estado entra na segunda…

2 anos ago

Governo de São Paulo entrega pacote de modernização para Polícia Militar

O governador Rodrigo Garcia entregou nesta quarta-feira (29) o pacote de modernização da Polícia Militar,…

2 anos ago

Comissão aprova projeto que reduz tempo mínimo de atividade militar para remuneração integral de PM inativo

A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou proposta que reduz de 30…

2 anos ago

Conselho Nacional do Ministério Público organiza banco de boas práticas na área da segurança pública

Até o dia 18 de novembro, os membros do Ministério Público de todo a país…

2 anos ago

Letalidade policial caiu 30% em SP

De acordo com o 16º Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado nesta terça-feira (28), pelo…

2 anos ago

Este site usa cookies para melhorar sua experiência de navegação, conforme descreve nossa política de privacidade. Ao clicar em aceitar você consente com esse uso.