Levantamento feito pelo jornal O Globo com a Lei de Acesso à Informação mostra aumento expressivo da venda de munições no país
O Jornal O Globo, via Lei de Acesso à Informação, fez um levantamento junto ao Exército e constatou que a venda de munições no Brasil aumentou. De acordo com o jornal, o aumento se deu devido à política de flexibilização de armas implementada pelo presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com o levantamento feito pelo jornal fluminense, de janeiro a maio de 2020, o crescimento no volume de unidades comercializadas foi de 98% em comparação com o mesmo período de 2019. Com relação ao mesmo período de 2028, o aumento foi de 90%. Apenas no mês maio, 1.541.780 cartuchos foram vendidos no varejo do país, o que equivale a mais de dois mil por hora.
O aumento registrado no último mês veio após a publicação de uma portaria, assinada pelo ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva e o então ministro da Justiça, Sergio Moro, que estendeu o limite de compra de munição para quem tem arma de fogo registrada de 200 unidades por ano para valores entre 50 e 300 por mês, a depender do calibre.
De acordo com o jornal, as mais de 1,5 milhão de unidades comercializadas em maio superam o volume adquirido no mesmo mês por 11 instituições ligadas à segurança pública, patrimonial ou a atividades de inteligência. Juntos, Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), polícias civis, polícias militares, corpos de bombeiros, guardas municipais e polícia legislativa compraram, em maio, 1,396 milhão de munições, segundo o Exército.
Em abril, por determinação de Bolsonaro, o Exército revogou portarias que criavam sistemas mais rígidos de rastreamento de armas e cartuchos. As normas haviam sido publicadas no mês anterior, contra a vontade do presidente. O Ministério Público Federal (MPF) acionou a Justiça para que a regulamentação volte a valer.
Iniciativa do governo de estender o porte para diversas categorias profissionais chegou a ser oficializada por meio de um decreto no ano passado. Contudo, foi derrubada no Congresso. Deputados e senadores, no entanto, estenderam o direto à posse até de fuzil para todo o terreno, no caso das propriedades rurais.
Para chegar a tais números, O Globo analisou apenas às vendas feitas no comércio para pessoas físicas, excluindo policiais militares, bombeiros, agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). As informações estão na base de dados do Sistema de Controle de Venda e Estoque de Munições (Sicovem).
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