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Pesquisa da Fiocruz sobre drogas gera polêmica

A pesquisa feita pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) sobre dependência química no Brasil gerou polêmica.. De acordo com o 3º Levantamento Nacional sobre o Uso de Drogas pela População Brasileira, conduzida pela entidade, não está confirmada uma “epidemia de uso de drogas” no país.

O governo, por meio do Ministério da Cidadania, desautorizou a publicação da pesquisa. Já a Secretaria Nacional de Política sobre Drogas (Senad), ligada ao Ministério da Justiça e da Segurança Pública, alega quea Fiocruz não cumpriu devidamente as regras do edital para a elaboração da pesquisa, o que a entidade contesta. Por isso, a Fiocruz acionou a Câmara de Conciliação e Arbitragem da Advocacia-Geral da União, que não se posicionou. Devido ao empasse, a Fiocruz pode ter de devolver os R$ 7 milhões pagos pela pesquisa.

Por fim, o Ministério da Justiça acabou autorizando a publicação do estudo. No entanto, exige que a instituição não associe o governo federal ao levantamento.

Em síntese, o titular da pasta de Cidadania, Osmar Terra, insiste que há sim uma “epidemia da droga”. Em março, foram assinados 217 novos contratos entre o ministério e comunidades terapêuticas para tratamento de dependentes químicos. Muitas delas são ligadas a instituições religiosas. O custo desses contratos é de R$ 153,7 milhões. Todavia, alguns pontos do trabalho dessas comunidades são criticados por profissionais em política de drogas, como a defesa que fazem de tratamentos focados na abstinência, comparados a “cárceres privados”.

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