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Candidato do Republicanos promete acabar com as bodycams

O pré-candidato ao governo do Estado de São Paulo pelo Republicanos, Tarcisio de Freitas, disse, em entrevista ao site Money Report, que pretende acabar com as câmeras acopladas às fardas dos policiais de São Paulo, as chamadas bodycams.

Acoplado ao fardamento, o equipamento é utilizado para registrar intervenções dos agentes em vídeo e áudio.

Em nota enviada por sua assessoria, o candidato reafirma que pretende acabar com a obrigatoriedade do equipamento que chegou a reduzir em 85% a letalidade policial em alguns batalhões. “Tarcísio pretende acabar com a obrigatoriedade de câmeras no fardamento policial por considerar que a forma mais efetiva de combate ao crime é garantir treinamento contínuo e capacitação de qualidade para a tropa, de forma a assegurar a capacidade de agir de acordo com as circunstâncias enfrentadas nas ruas de São Paulo”, diz nota de sua assessoria.

O candidato, apoiado pelo governo federal, se apoia em sua experiência no Exército para defender o fim das bodycams.

Segundo reportagem publicada na Folha S. Paulo reproduzindo a entrevista ao Money Report, o ex-ministro citou que quando estava na missão de paz da ONU no Haiti passava por situações em tinha de tomar uma decisão sem ter tempo de ligar para alguém para saber o que fazer. “A câmera ali é uma razão pela qual o policial não toma a decisão. Se ele não toma a decisão, ele pode pagar com a vida, e se ele toma a decisão, ele depois vai ser afastado da rua, responder processo”, declarou.

Uma das principais ações da gestão de João Doria na área de segurança pública, há atualmente cerca de 5.600 câmeras em funcionamento nos batalhões do Estado e a estimativa é que esse número ultrapasse os 10 mil até o final de 2022.

PACTO COM CRIME ORGANIZADO

Também em entrevista ao Money Report, Tarcisio afirmou que a Polícia de São Paulo tinha um pacto com o crime organizado.

“São Paulo tem uma coisa interessante que o paulista não percebe: a associação com o crime organizado. São Paulo fez um pacto com o crime organizado, de não combatê-lo. E por que se optou por não combater o crime organizado? Porque combater o crime organizado dá efeito colateral”, disse o pré-candidato.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo,  a Secretaria da Segurança Pública paulista, ligada à gestão Rodrigo Garcia, decidiu rebater publicamente as afirmações do candidato bolsonarista.

“As ilações do ex-ministro, além de descabidas e irresponsáveis, revelam o absoluto desconhecimento do tema segurança pública, em especial no que se refere ao estado de São Paulo. Só nos últimos dois anos, mais de R$ 1,2 bilhão em ativos ligados às facções foram recuperados pelas forças de segurança estaduais”, diz trecho da nota, que elenca uma série de ações.

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