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Mais de mil policiais protestam contra o governo em Brasília

De acordo com a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), mais de mil automóveis ocuparam três pistas dos dezesseis quilômetros da Esplanada dos Ministérios na tarde dessa quarta-feira (17) para protestar contra o governo federal. Servidores das forças de segurança pública reunidos na União dos Policiais do Brasil (UPB) ocuparam a maior avenida da Capital Federal para demonstrar seu cansaço com a forma com que estão sendo tratados pelo governo federal e para manifestar repúdio à proposta de Reforma Administrativa que está em tramitação no Congresso Nacional.

O objetivo do movimento, segundo o presidente da Fenapef, Luís Antônio Boudens, foi deixar clara a insatisfação da categoria com o que chamou de “sequência de propostas reformistas” que o governo apresentou, sem considerar as especificidades dos operadores da segurança pública. “O governo também desconsiderou as regras que os servidores públicos seguiram quando entraram em seus cargos”, acrescentou.

Boudens fez questão de deixar claro que a revolta dos servidores da segurança não tem qualquer viés ideológico: “Estamos aqui falando de vidas, de famílias e de profissionais que se comprometeram a defender o Brasil nos seus cargos. É hora de demonstrarmos isso e não deixar que essas medidas atinjam todos os direitos que conquistamos ao longo de nossas carreiras”, disse.

“Quem não acordou ainda, acorde para o que está acontecendo”, pediu o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Luís Antônio Boudens. Ele lembra que os policiais já sofreram duros golpes em seus direitos. Entre eles, a Reforma da Previdência e a PEC Emergencial, que congelou os salários por até 15 anos. “A Reforma Administrativa, que será colocada em votação nos próximos dias, atinge duramente os policiais mais uma vez”, disse o diretor parlamentar da Fenapef, Marcus Firme.

“Nós esperamos que o governo federal mude a sua postura e trate os policiais com o respeito que eles merecem”, enfatizou Boudens. “Nós e o pessoal da saúde não paramos durante a pandemia e merecemos um tratamento diferenciado, assim como tiveram os militares”, prosseguiu.

Logo após o término da carreata, os organizadores avaliaram a mobilização como “um momento histórico”. Todas as categorias civis das forças de segurança estiveram reunidas e, segundo as lideranças dos servidores, seguirão firmes e dispostas a acordar os policiais e a sociedade.

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